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Crítica | Azul é a Cor Mais Quente


Um dos filmes mais comentados e criticados em 2013, Azul é a Cor Mais Quente mostrou a muitos o quanto a visão de algumas pessoas em relação a sétima arte é completamente superficial.

O filme dirigido por Kechiche é baseado no HQ de Julie Maroh e conta a história de Adéle. Uma estudante que está descobrindo o sexo, e Emma uma pintora poucos anos mais velha. O longa tem dois capítulos, o que fez com que Kechiche achasse que provavelmente o longa tivesse uma continuidade, o que já ficou claro que não vai acontecer, porque as duas atrizes já afirmaram publicamente que nunca mais trabalharão com ele.

Com o estilo cru de Kechiche, Azul é a Cor Mais Quente desnuda as pessoas sem pudor em situações vulgares, o que acontece em todos os filmes dirigidos por Kechiche. Neles sempre aparecem pessoas em close-up ou mastigando de boca aberta.

O filme tende a ser bastante político porque entende que encontrar-se no outro, mais que combinar sexo ou acreditar na velha fantasia de almas gêmeas é uma questão social. Tentar colocar uma ordem no mundo é a verdadeira aflição de Adele e suas cenas como professora no jardim da infância nos mostram o esforço por essa organização que a leva a frustrações sucessivas. Afinal, nada se faz sozinho. 

Apesar do que nos é passado no filme, talvez Adéle tenha se apaixonado por Emma, porque no primeiro encontro que elas tiveram no parque, Emma a desenhou sem defeitos, sua representação ideal, e isso foi um choque, a representação e a realidade o que deixa mais claro a intenção que expressada no filme desde o começo, a vida imita a arte.

Embora afetuoso, como os filmes franceses costumam ser, Azul é a Cor Mais Quente não mostra a ilusão do romantismo, e é nisso que mostra o quanto seu conteúdo é atual.

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