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Lançamentos | Rocco - Maio


  • A Morte de Rachel


A busca de Rose Smith e Joshua Johnson por seus pais continua. Em A morte de Rachel, segundo livro da série The Murder Notebooks, a britânica Anne Cassidy mostra a dupla às voltas com os cadernos criptografados que podem ser a chave para o súbito desaparecimento de Kathy, mãe de Rose, e Brendan, pai de Joshua. Mas um novo mistério aparece no caminho dos dois: Rachel Bliss, com quem Rose não falava desde a época em que estudavam juntas, é encontrada morta depois de várias tentativas de entrar em contato com a antiga amiga.

No período em que estudou no Colégio Mary Linton, Rose ficou próxima de Rachel Bliss, uma jovem que se revelou nada confiável. As duas acabaram discutindo e a amizade acabou. Meses depois, quando já havia deixado a escola, Rose começou a receber cartas e telefonemas de Rachel. Em tom desesperado, a jovem dizia estar passando por algo terrível e implorava por ajuda, pois tinha medo de enlouquecer. Envolvida em seus próprios problemas e ainda magoada, Rose decide ignorar as mensagens.

Paralelamente, Joshua e o amigo Skeggsie continuam a investigar o que aconteceu com os policiais Kathy e Brendan. Quando surge uma pista inesperada – os procuradores que representavam o casal enviam a Joshua objetos que pertenceram a seu pai – o rapaz decide seguir sua intuição e viajar até Norfolk em busca de respostas. Rose, entretanto, não irá acompanhá-lo: precisa voltar ao Mary Linton, pois descobriu que Rachel Bliss está morta e a polícia quer saber se foi acidente, assassinato ou suicídio. 

Além da angústia de ignorar o que houve com a mãe e de uma ponta de remorso por não ter levado Rachel a sério, Rose precisa lidar com os próprios sentimentos em relação a Joshua. A cada dia, cresce a atração que ela sente pelo rapaz, mas paira a dúvida no ar: será que ele a vê apenas como amiga? Afinal, antes de seus pais desaparecerem os quatro formavam uma família e, nessas condições, os dois jovens seriam como irmãos.

Para complicar ainda mais a cabeça de Rose, ela encontra uma carta que Rachel jamais lhe enviou, com informações sobre Kathy e Brendan obtidas depois que o casal sumiu. Seria uma outra mentira de Rachel ou a confirmação de que os policiais poderiam estar vivos? A intuição de Joshua estará certa e a ida a Norfolk trará respostas? Em mais uma trama repleta de suspense, Anne Cassidy faz os leitores perderem o fôlego e darem mais um passo na direção de decifrarem o mistério em The Murder Notebooks.

  • Lobos de Loki



Lobos de Loki é o primeiro volume da série Crônicas de Blackwell, assinada pela dupla K. L. Armstrong e M. A. Marr. Com carreiras consagradas na literatura fantástica – Armstrong é autora de Darkest Powers e Melissa Marr publicou, entre outras, a série Wicked Lovely – as duas juntam o que têm de melhor para criar uma obra impactante e frenética para o público juvenil, considerada “o Percy Jackson da mitologia nórdica”.

Para Matt Thorsen, o fato de ser um dos descendentes de Thor, o deus do Trovão, não fazia muita diferença. Junto com vários outros descendentes de Thor ou seu meio-irmão, Loki, o garoto levava uma vida normal em Blackwell, pequena cidade em Dakota do Sul.
 
Matt conhece cada deus, história e detalhes dos mitos nórdicos. Mas conhecer cada lenda é um coisa, acreditar é outra completamente diferente. Quando as runas revelam que o Ragnarok, ou fim do mundo, está próximo, e que Matt deve lutar pelos deuses para evitar o fim do mundo, o garoto tem uma certa dificuldade em acreditar. Afinal, entre todos os Thorsen, Matt é o mais novo e até hoje nunca demonstrou o mesmo potencial dos seus irmãos mais velhos.
 
Porém, seu avô parece acreditar que o garoto pode cumprir seu destino, e mais: depois da vitória, Matt deve ser sacrificado para o surgimento de uma nova era dominada pelos descendentes de Thor. Agora, Matt sabe que tem de encontrar os outros descendentes e se preparar para a batalha definitiva. Com a ajuda relutante dos primos Fen e Laurie, descendentes de Loki, o jovem parte em uma incrível aventura para salvar o mundo.
 
Seguindo a linha de Rick Riordan e seu Percy Jackson, K. L. Armstrong e M. A. Marr trazem as incríveis lendas nórdicas para nosso tempo em uma aventura fantástica cheia de surpresas e com personagens cativantes. Um início arrasador para uma saga única.

  • Caligrafia Silenciosa



Não se trata de magia, mas de exercício: dar sombra e contorno ao indizível que passa em frente à caverna de Platão. Não é uma questão de origem, nem de fim, e sim de meio — o não lugar; estar sempre a caminho. É sobre esta poesia, mais eloquente quando emudece, que o poeta, escritor, ensaísta e tradutor romeno George Popescu sangra, ou dissimula, ou projeta sua Caligrafia silenciosa – título do livro que abre a coleção Espelho do Mundo, da Rocco Jovens Leitores. Dedicada à poesia contemporânea, em edições bilíngues, ela é idealizada pelo acadêmico carioca Marco Lucchesi.
 
Amigos e tradutores um do outro em seus países, Romênia e Brasil, respectivamente, Popescu e Lucchesi convergem seus talentos e olhares (e a latinidade das línguas, ao mesmo tempo tão próximas e tão distantes) neste volume que, desde o prefácio, convida o leitor a refletir sobre o fazer poético como confronto e afronta — o caduco que caminha para a novidade subversiva, o novíssimo que se pensa e quer novíssimo e retorna à tradição —, como forma de estar no mundo.
 
Selecionados e traduzidos pelo poeta, romancista, ensaísta e tradutor brasileiro, os poemas compreendem dois blocos: “Caligrafia silenciosa”, escrito entre a Itália e a Romênia, de 2002 a 2005; e “Ars Moriendi”, concebido por George Popescu a partir de uma viagem ao Rio de Janeiro e a São Paulo, em 2005, para uma série de conferências literárias. Em ambos conjuntos de textos, o autor romeno testa, brinca e exercita a língua sobre sentimentos e sensações, afinal, segundo o próprio, o que é a poesia senão “a divisão silábica das coisas vividas”?
 
Insinuando-se nos abismos particulares de cada um, os versos de Popescu debruçam-se sobre o homem, sua existência — “procuro a mim mesmo nos olivais famintos”; “nenhum rosto”; “esqueci de onde venho”; “não sou o escolhido”; “a ilusão não me concerne”; “no verso da página ainda se veem/ as intraduzíveis chagas do poeta”; “é minha a dor inteira/ desse esfomeado oceano”.
 
Em meio à crise de valores, estilos, temas, conteúdo e da própria escrita em si, o poeta se põe como protagonista — “este rosto não possui mais janelas”. É o demiurgo que se lança na matéria viva do poema — “(...) em suas retinas/ uma arte germina” — e que pelo ato de escrever se dá conta de sua condição humana: “Na densa e silenciosa escuridão como a noite/ de um amor desperdiçado/ sequer uma palavra/ só o nariz erguido na direção de um céu invisível// zigoma apertado nesta imagem/ que cai no teu ventre como um cão/ magoado na soleira de sua última vontade/ de tornar-se homem.” Uma poesia, enfim, reflexiva e ruidosa a cada silêncio.

  • Na Era do Amor e do Chocolate



Em uma Nova York futurista, onde o chocolate e a cafeína são proibidos e uma série de restrições é imposta diariamente à população, Gabrielle Zevin apresenta Anya Balanchine, a determinada protagonista da trilogia Birthright, iniciada comTodas as coisas que eu já fiz, seguido por Está no meu sangue, e que chega a seu desfecho com Na era do amor e do chocolate. Às vésperas de seu aniversário de 18 anos, Anya, filha de um dos chefões da máfia do chocolate, assume a guarda de sua irmã e põe em risco a segurança de seu irmão, Leo, e seu próprio futuro, libertando-se das amarras da empresa da família para abrir seu próprio negócio.

Mas o passado de Anya a persegue, não importa o quanto ela tente mudar. O assassinato de seu pai, os problemas de seus parentes com a lei, seus relacionamentos complicados e sempre arriscados e suas passagens pelo reformatório são fantasmas que rondam a vida da garota e com os quais ela inevitavelmente tem que lidar. Assim como a prisão do irmão e as dificuldades no relacionamento com a irmã adolescente, sob sua responsabilidade após a morte dos pais e da avó.

Circunstâncias desfavoráveis, no entanto, sempre fizeram parte da trajetória de Anya Balanchine e ela sabe que novamente terá que tomar decisões difíceis para seguir adiante. Com a Balanchine Chocolate sob o comando de seus primos desonestos e pouco confiáveis, ela se alia a um antigo inimigo para abrir sua própria empresa de chocolate e tentar um recomeço para a entrada em sua vida adulta. 

Anya amadurece a cada capítulo, fazendo escolhas muitas vezes erradas, outras certas, e suas incertezas movem a trama, desencadeando uma série de surpresas para o leitor. Dona de uma personalidade forte, a personagem de Gabrielle Zevin sempre encarou sua vida conturbada com determinação e ironia, priorizando a segurança de seus irmãos e assumindo responsabilidades grandes demais, deixando suas emoções em segundo plano. Mas será que ela está preparada para os novos desafios? E o fim do namoro que ela tanto prezava com Win? 

Um desfecho surpreendente, porém suave e doce como um chocolate, marca o fim da trilogia Birthright. Em meio a mortes, culpas e situações limite, Anya Balanchine entra de vez para o rol das grandes heroínas da atual literatura jovem. E o leitor é levado a refletir sobre a força do amor, da amizade e da lealdade. Seja onde e em que época for.

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