Hoje o que mais
existe é aquela dúvida cruel sobre possuir livros físicos ou e-books, e muitas
das pessoas preferem os e-books, seja pela praticidade, ou pelo fato de não
precisar de uma estante enorme pra guardar todos aqueles exemplares. Tudo é bem
mais fácil, é só uma questão de escolha. Mas já pararam pra pensar no que os
nossos queridos livros passaram pra chegar a esse nível?
Os nossos amados
livros tiveram grande importância para a realização de registros históricos, a
compilação de leis e a divulgação de ideias. Atualmente, a produção de livros
chegou a tal ponto que, por exemplo, o século XX foi responsável por uma
literatura histórica superior a de todos os outros séculos somados juntos!
No Egito Antigo, o ancestral dos livros foi
concebido através do papiro. Transformada em atividade importante, a escrita no
papiro era exclusivamente executada por uma classe de escribas responsáveis
pela leitura e fabricação dos textos oficiais e religiosos. Pesquisadores
apontam que as peças de papiro mais antigas já encontradas foram concebidas há
três mil anos antes de Cristo. Para se organizar esses documentos, as folhas de
papiro eram pregadas umas às outras formando um único rolo.
Por volta do século
X a. C., a organização dos documentos escritos ganharam maior funcionalidade
com a invenção dos pergaminhos. Apesar de não terem a mesma praticidade dos
encadernados, essa base material foi de suma importância para a preservação de
importantes textos da Antiguidade, como a Bíblia Sagrada e os escritos de
alguns pensadores do mundo clássico. Vale à pena frisar que a qualidade e a
resistência dos pergaminhos era superior à do papiro.
A concepção do livro
encadernado já era tentada nessa época. Para tanto, pegavam os pergaminhos
disponíveis e realizava-se a organização de cada uma das supostas páginas.
Conhecidos como codex (códice, em português) essas primeiras
edições facilitaram a locomoção e manuseio dos textos escritos. Já nos fins da
Antiguidade, por volta de 404, São Jerônimo registrou uma extensa teoria sobre
as formas pelas quais seria possível produzir um livro.
No período medieval,
o acesso ao mundo letrado ficou praticamente restrito aos clérigos. Boa parte
dos livros ficava enclausurada sob a proteção dos mosteiros e tinham sua
sabedoria conservada pelo demorado trabalho de monges copistas. Nesse aspecto,
é importante ressaltar que a Igreja teve um papel fundamental para que vários
textos da cultura grega e romana fossem conservados. Em tal época, era comum
que as chamadas iluminuras decorassem o rodapé e os parágrafos dos livros com
belas imagens.
Em 1454, o processo
de fabricação e divulgação dos livros sofreu um salto qualitativo gigantesco
com a invenção da prensa. Desenvolvida por Johannes Gutenberg, essa máquina
permitia que o processo de fabricação dos livros fosse dinamizado. Apesar da
importância do feito, observamos que na Idade Moderna a leitura e a escrita
ainda se conservavam atreladas aos privilégios desfrutados pelas elites. Ler e
escrever eram prazeres ainda destinados aos nobres e burgueses enriquecidos.
O século XIX, como
filho das inovações tecnológicas, marcou uma época de grandes produções. Vale
frisar que o processo de liberalização dos Estados Nacionais teve grande
influência na disseminação do ensino público e no consequente incremento do
número de leitores. Com o barateamento dos custos de produção, a leitura passou
a atingir grandes parcelas da população. A partir de então nasceram os famosos
e ainda bastante procurados“best-sellers”.
Fonte: História do Mundo
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