Antes da DarkSide® Books, era quase impossível uma editora brasileira lançar, simultaneamente, um mesmo título com duas versões de capa. Livros de terror, fantasia ou cultura pop raramente ganhavam edições de luxo, apesar de sua apaixonada base de fãs.
Nós resolvemos apostar no escuro. Nosso primeiro título, Os Goonies, chegou às livrarias na Classic Edition e na cobiçada Limited Edition, esgotada em menos de um mês. Os pedidos foram tantos que nos sentimos obrigados a relançar Os Goonies numa nova versão em capa dura, um ano depois.
Também resolvemos apostar no escuro com a escolha de novos títulos em nosso catálogo. Além dos grandes clássicos, como Psicose, Tubarão, O Exterminador do Futuro, investimos em autores ainda não muito conhecidos do grande público, mas que já exibiam talento de sobra. Foi o caso de Caitlín R. Kiernan e seu brilhante romance vencedor do prêmio Bram Stoker, A Menina Submersa.
Os leitores DarkSiders apostaram no escuro com a gente, e fizeram de A Menina Submersa um merecido sucesso. Mas faltava um detalhe. A edição em capa dura que vocês tanto pediram.
Preparamos algo muito especial, para colecionadores, para quem mergulhou com Imp ou para quem está disposto a fazer um passeio corajoso pelas águas da nova literatura fantástica. A obra-prima que vocês consagraram também foi feita para se guardar a sete chaves.
E pra quem ainda não conhece a história de A Menina Submersa a seguir tem a sinopse pra vocês ficarem naquela vontade.
A Menina Submersa: Memórias é um verdadeiro conto de fadas, uma história de fantasmas habitada por sereias e licantropos. Mas antes de tudo uma grande história de amor construída como um quebra-cabeça pós-moderno, uma viagem através do labirinto de uma crescente doença mental. Um romance repleto de camadas, mitos e mistério, beleza e horror, em um fluxo de arquétipos que desafiam a primazia do “real” sobre o “verdadeiro” e resultam em uma das mais poderosas fantasias dark dos últimos anos. Considerado uma “obra-prima do terror” da nova geração, o romance é repleto de elementos de realismo mágico e foi indicado a mais de cinco prêmios de literatura fantástica, e vencedor do importante Bram Stoker Awards 2013.
O trabalho cuidadoso de Caitlín R. Kiernan é nos guiar pela mente de sua personagem India Morgan Phelps, ou Imp, uma menina que tem nos livros os grandes companheiros na luta contra seu histórico genético esquizofrênico e paranoico. Filha e neta de mulheres que buscaram o suicídio como única alternativa, Imp começa a escrever um livro de memórias para tentar reconstruir seus pensamentos e lutar contra o que seria “a maldição da família Phelps”, além de buscar suas lembranças sobre a inusitada Eva Canning, sua relação com a namorada e consigo mesma, que evoca em muitos momentos a atmosfera de filmes como Azul é a Cor mais Quente (Palma de Ouro em Cannes, 2013) e Almas Gêmeas (1994), de Peter Jackson.
Não se assuste: é um livro dentro de um livro, e a incoerência uma isca para uma viagem mais profunda, onde a autora se aproxima de grandes nomes como Edgar Allan Poe e HP Lovecraft, que enxergaram o terror em um universo simples e trivial – na rua ao lado ou nas plácidas águas escuras do rio que passa perto de casa – , e sabem que o medo real nos habita. Caitlín dialoga ainda com o universo insólito de artistas como P.G. Wodehouse, David Lynch e Tim Burton, e o enigmático personagem Sandman, de Neil Gaiman, com quem aliás, trabalhou, escrevendoThe Dreaming, spin-off derivado da obra-prima de Gaiman. A Menina Submersaevoca também as obras de Lewis Carrol, Emily Dickinson e a Ofélia, de Hamlet, clássica peça de Shakespeare, além de referências diretas a artistas mulheres que deram um fim trágico à sua existência, como a escritora Virginia Woolf.
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