"É que, às vezes, precisamos perder amores para ganhar poemas"
Fechar os olhos e caminhar por
dentro dos sentimentos de outra pessoa, se sentir dentro daquele corpo,
roubando a privacidade do indivíduo que deseja um momento de paz interior, é
isso que a poesia é capaz de fazer.
Pedro Gabriel é uma das maiores
revelações feitas no Brasil nesses últimos anos. E ele nos presenteou com
Antônio, o personagem boêmio, de alma clara e coração mole, e que durante suas
bebedeiras escreve aquilo que está dentro dele.
"Leve-me o mundo anda tão pesado"
Os olhos enchem-se de lágrimas
enquanto vemos que os sentimentos entre nós e Antônio são semelhantes, muitas
vezes iguais, como se compartilhássemos aquelas experiências. Com ele paramos a
cada poesia e pensamos. Pensamos no que ali está escrito e refletimos: será que
era realmente isso que ele quis nos dizer?
Há muito tempo a poesia não me
era um refúgio seguro. Anos atrás aprendi que eram reflexões complexas demais
para serem assimiladas por alguém como eu, mas agora, tudo ficou tão diferente,
tão belo, que me sinto livre pra ler poesia novamente, sem aquela
obrigatoriedade boba.
Pedro Gabriel, assim como Clarice
Freire chegaram pra nos aproximarem de uma literatura a muito esquecida, nos
trouxeram costumes de anos atrás, mas de uma forma completamente nova, de uma
forma que até mesmo os menos cultos serão capazes de sentir. Sentir cada
palavra como um toque delicado dado das mãos de um grande amor, aquele toque
que mesmo depois de anos nosso coração se recusa a esquecer.
Postar um comentário