A animação mais comentada desse
ano, ao menos até agora, foi Divertida Mente, e tudo isso não foi à toa, afinal
o filme é incrível. As crianças tendem a enxergar apenas a animação, já os
adultos tendem a pensar em tudo que é colocado ali de uma forma mais crítica, e
sai do cinema com um conhecimento enorme.
O filme conta a história de
Riley, uma garotinha que desde o momento que nasce ganha companheiros que vivem
dentro da sua mente. Eles são a alegria, raiva, nojinho, tristeza e o medo.
Como os próprios nomes já dizem, cada um deles controla um sentimento da Riley,
e a líder é a alegria.
Cada memória da Riley se
transforma em uma esfera, muitas dessas esferas são jogadas no lixão das
memórias e Riley nunca mais vai lembrar daquilo, e existem as outras memórias,
as marcantes que se transformam em esferas brilhantes, e essas ela nunca vai
esquecer.
A confusão começa quando a
alegria e a tristeza começam a discutir sobre uma memória marcante que surgiu
em Riley, até aquele momento Riley só possuía memórias marcantes felizes, mas
naquele momento a memória era triste, e a alegria não queria que isso
acontecesse.
Dentro da mente de Riley também
existem as ilhas de personalidade que tornam Riley a Riley. Tem a ilha da família,
do hockey, da amizade, e da bobeira. Sem essas ilhas Riley deixa de ser quem
ela é.
A confusão causada pela alegria e
a tristeza acaba abalando tudo, pois em meio a confusão elas são sugada para
fora da central de comando e saem lá onde as memórias são guardadas.
Um detalhe interessante é que
toda memória que a tristeza toca, independente do que essa memória é ela se
torna triste, por isso em inúmeros momentos do filme vemos a alegria excluindo
a tristeza apenas para que as memórias permaneçam felizes.
Enquanto isso na central de
comando, a ravia, o nojinho e o medo não sabem o que fazer para manter a mente
de Riley nos eixos, até porque sempre que existe algo errado, a felicidade é
quem resolve.
Divertida Mente para nós adultos
é como uma lição dada por vários personagens que moram na mente de uma criança.
Aprendemos o que é felicidade e paramos pra pensar nas nossas memórias
marcantes, além daquelas que jogamos no lixão das memórias. Impossível não
imaginar nossas próprias ilhas de personalidade e quais são elas.
Emocionante, divertido e
inteligente, o filme que marcou o retorno da Pixar, rouba sorrisos, lágrimas e
muita reflexão. Se você ainda não viu vale a pena ir ao cinema e assistir,
afinal qual adulto não gosta de uma boa animação?
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